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Oliveira, um ano de trabalho!


oliveira olival

Uma oliveira é uma planta mais de carinhos, mas não precisa de atenção só quando se vai apanhar a azeitona. Até porque uma árvore que resiste centenas ou milhares de anos também precisa de amor.


Mesmo sendo uma árvore de sequeiro, precisa que muitas se coisas se passem à sua volta para que, na altura de apanhar a azeitona e aparecer aquele "ouro líquido", tudo corra pelo melhor.


Mas afinal o que tanto se passa no olival, para além de uns bons passeios e piqueniques?


O olival passa por algumas fases ao longo de um ano.

Vamos fazer este "roteiro" após ser feita a colheita e até ser realizada uma nova apanha.


Primeiro, as fases da planta.

Sim, porque temos de nos lembrar que é uma planta e uma árvore de fruto.


Temos então 6 fases:


  1. Repouso invernal

  2. Crescimento primaveril

  3. Floração

  4. Frutificação e desenvolvimento do fruto

  5. Crescimento outonal

  6. Colheita


Estas fases por que passa o olival em Portugal ao longo do ano, tem funções específicas e são fortemente influenciadas pelas condições climáticas típicas do clima mediterrânico.


Por isso, as alterações climáticas já estão a introduzir alterações nos nossos olivais, nomeadamente nas fases da planta, ou nos locais onde se realizam novas plantações.


Aqui fica uma tabela com o resumo e explicação destas 6 fases da planta:


Fase

Época do Ano

Descrição Principal

Repouso invernal

Novembro a Fevereiro

Dormência, acumulação de frio, suspensão do crescimento

Crescimento primaveril

Março a Junho

Desenvolvimento vigoroso de ramos e folhas, diferenciação floral

Floração

Maio a Junho

Abertura das flores, polinização e fecundação

Frutificação/desenvolvimento

Junho a Setembro

Formação e crescimento do fruto, endurecimento do caroço

Crescimento outonal

Setembro a Novembro

Retoma do crescimento vegetativo, amadurecimento dos frutos

Colheita

Setembro a Novembro/Dezembro

Recolha das azeitonas para azeite ou mesa


Estas foram as fases da planta. Vamos ver quais as implicações que tem para os tratadores dos olivais - os agricultores - e que trabalhos lhes dá.


Essencialmente podemos falar de 5 fases que têm de se realizar todos os anos pelo agricultor. Naturalmente não vamos considerar situações extraordinárias em que as oliveiras necessitam de mais atenção, nomeadamente quando há intempéries ou outras ameaças à sua pacífica existência.


Pacífica, porque para além de durar muitos anos, existir há milénios em diversas civilizações, afinal também é um símbolo de paz.


Então temos:

  1. A Poda - que se dá após a colheita, ainda em tempos de inverno.

  2. A manutenção dos solos - entre o inverno e a primavera.

  3. Fertilizar - entre a primavera e o verão.

  4. Regar - mesmo sendo uma planta de sequeiro, na primavera e verão pode ser necessário.

  5. Tratamentos fitossanitários - podem ser necessários ao longo de todo o ano.

  6. A colheita - entre setembro e dezembro, pois variar conforme as condições climatéricas, as espécies de oliveira, e algumas características que se podem pretender para o azeite.


Ainda poderá haver outras atividades como a plantação de novas árvores, enxertias e a monitorização geral das plantas, que obriga à sua visitação e acompanhamento constante.


Eis uma tabela com o resumo destas atividades:


Mês

Tarefas Principais

Janeiro

Poda corretiva, mobilização do solo, proteção fitossanitária

Fevereiro

Poda de produção, tratamentos cúpricos, plantação de novas árvores

Março

Final da poda, fertilização inicial, tratamentos fitossanitários

Abril

Fertilização azotada, monitorização de pragas, início do crescimento vegetativo

Maio-Junho

Tratamentos para pragas (mosca, traça), controlo de água, fertilização potássica

Julho-Agosto

Rega, controlo de pragas, monitorização de stress hídrico

Setembro

Preparação e início da colheita, monitorização de maturação

Outubro-Dezembro

Colheita, manutenção do solo, preparação para o repouso invernal


Afinal, para termos aquele azeite delicioso, ainda dá bastante trabalho.

E sendo uma planta, no norte de Portugal, em que a cultura é essencialmente tradicional e de sequeiro, esta exige atenção, dedicação e amor para que o resultado seja um "ouro líquido".


Já vamos olhar para um olival com outros olhos, não?

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